quarta-feira, 6 de abril de 2011

DISCURSO DE AÉCIO NO SENADO

AÉCIO NO SENADO.
Em discurso aguardado no Senado, Aécio Neves estreou no plenário com balanço crítico dos primeiros 100 dias de governo Dilma e também dos oito anos de governo Lula. Após abrir sua fala ressaltando seu perfil conciliador -  “Não confundo agressividade com firmeza” -, o senador mineiro do PSDB destacou a importância do papel da oposição, que, para ele, tem três pilares: “coragem, responsabilidade e ética”.
Em ataque direto ao governo Lula, Aécio afirmou: “Ao contrário de que alguns querem fazer crer, o País não nasceu ontem”. “Sempre que precisou escolher entre os interesses do Brasil e a conveniência do partido, o PT escolheu o PT”, afirmou o tucano.
Resgatou a lembrança do governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, e buscou um tom que, afinal, reconheceu avanços realizados pelo governo do PT e projetou possibilidades de conversas entre situação e oposição.”Estarei como homem do diálogo, como sempre fui, que não teme o enfrentamento e o debate nem as oportunidades de convergência”, disse Aécio.  O tucano mineiro contou com a audiência de um correligionário inesperado: o ex-senador José Serra, a quem fez menção e que estava no plenário.
Assim, se por um lado o senador mineiro tratou de estabelecer diferenças entre PSDB e PT, relembrando pontos de divergência entre os partidos ao longo da história, como a transição da ditadura para a democracia (no apoio a seu avô Tancredo Neves) e implementação do Proer sob FHC, por outro, Aécio enxergou uma continuidade entre Itamar, o presidente tucano e Lula. O senador chegou a dizer que, a despeito da opinião de alguns, os historiadores devem enxergar, no futuro, os mandatos dos três últimos presidentes como um “só período de estabilidade e crescimento”.
No bloco das críticas aos oito anos de governo Lula,  Aécio destacou ser preciso enfrentar o “continuísmo das graves contradições”.  “Cessadas as paixões da disputa eleitoral, o Brasil precisa de um choque de realidade”, emendou o tucano. Ele citou em seguida alguns problemas que teriam se acumulado no último governo e, que se impõem como desafios, como o desarranjo fiscal, o risco de desindustrialização e a ameaça da inflação. Como esperado, o senador enfatizou a necessidade da redução de tributos para melhor andamento da economia. Criticou também a interferência do governo na Vale do Rio Doce, ex-estatal que recentemente trocou seu presidente.     atualizado por repórter xereta clevelandia  as 20h10min de hoje.

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