sexta-feira, 8 de abril de 2011

DIRETOR DA ESCOLA FALA SOBRE O ATIRADOR.

19h15

Atirador foi à escola uma semana antes do ataque, diz diretor

Ele pediu histórico escolar, que seria entregue na quinta, data do tiroteio.

Diretor de escola em Realengo (Foto: Tahiane Stochero/G1)Diretor Luiz Marduk, da escola em Realengo.
O diretor da escola Escola Municipal Tasso da Silveira, Luiz Marduk, de 55 anos, diz que o assassino Wellington Menezes de Oliveira esteve no colégio uma semana antes do ataque que deixou 12 crianças mortas pedindo a segunda via do histórico escolar. A secretaria marcou para esta quinta-feira (7), o dia do ataque, a entrega do documento. Marduk conversou com exclusividade com o G1 dentro da escola onde houve o ataque.
"Ele veio na semana passada aqui na escola e pediu na secretaria a segunda via do histórico escolar. Naquele dia, ele perguntou se a professora Dorotéia ainda estava na sala de leitura. Os funcionários confirmaram. Ontem, quando ele chegou aqui, pegou o documento e perguntou se podia ir na sala de leitura falar com a Doróteia. Foi tudo planejado, premeditado, e ele usou as informações que obteve para se aproveitar para colocar a sua maluquice em prática", disse Marduk.
"A Doróteia contou que ele chegou e falou normalmente com ela, não parecia drogado, nem alcoolizado. Ela perguntou se ele que iria fazer uma palestra para os alunos, pois temos uma semana em que ex-alunos que tiveram sucesso vem aqui contar suas experiências de vida. Ele respondeu para ela que não, mas ficou com a informação", disse o diretor.

Segundo Marduk, em seguida, a professora foi chamada pela coordenadora em sua sala, e perguntou se Menezes poderia esperá-la. "Ele disse que não tinha pressa, que iria resolver o que tinha que fazer e já voltava", teria dito o assasino à professora.
O diretor conta que, ao sair da sala de leitura, Menezes foi para a sala ao lado, onde começou a fazer os disparos.
"Quando ele entrou, a professora reclamou que ele entrou sem pedir licença, daí ele disse que iria dar uma palestra. Daí ele colocou a mochila encima da mesa e tirou as armas. Um garoto que estava na sala me contou que ele achou que era uma palestra sobre segurança, e que o atirador estava fazendo uma encenação para explicar, mas quando ele começou a atirar nas cabeças das crianças, chegando do lado delas e disparando, ele percebeu o que estava acontecendo e correu para chamar a polícia", relata o diretor.
Segundo o diretor, as professoras, em momento algum, foram alvo. "Ele atirava nas crianças, e para matar". O diretor também disse desconhecer que o alvo do criminoso eram as crianças. "As professoras relataram que os meninos correram mais rápido, mas que as meninas ficaram nervosas, não conseguiram se mover, e ficavam nas salas", diz ele.
Marduk contou que a  Polícia Civil não irá mais fazer perícia na escola, que será liberada na segunda-feira para limpeza.
Aulas
A escola ficará pelo menos uma semana sem aulas. Segundo a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, psicólogos e assistentes sociais farão um atendimento às famílias que tiveram crianças mortas ou feridas no ataque.
Costin afirmou que a escola não se fechará para a comunidade. “Não queremos transformar as nossas escolas em bunkers, em presídios, mas isso não nos exime de pensar, de refletir sobre segurança dessas instituições.” REPÓRTER XERETA.

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